João Alvaro de Jesus Quental Ferreira nasceu em 1898 no Rio de Janeiro.
Pai de 6 filhos, entre eles a estrela do teatro nacional, Bibi Ferreira, joão foi casado algumas vezes. Ainda jovem, abandona o curso de direito para se matricular escondido na Escola Dramática do Rio causando assim, sua expulsão de casa.
Ator, diretor e dramaturgo, Procópio (nome do santo comemorado no dia de seu nascimento) fez cinema e esteve em grandes novelas. Atuou também no circo-teatro com números circenses e adaptações teatrais. Com 62 anos de carreira, tem em seu currículo mais de 500 personagens e 450 peças de todos os gêneros, o que já o fez conhecido por ser o ator que um dia mais interpretou peças nacionais no Brasil.

Estreou em 1916 na cia de Lucília Perez, aos 18 anos em “Amigo, mulher e marido”.
Atua em operetas e revista e no ano seguinte ingressa na cia de Itália Fausta CDN (Companhia Dramática Nacional), depois disso entra no teatro musical e vai ao encontro de Vicente Celestino (importante cantor brasileiro da época).
Mas sua consagração veio mesmo em 1919, na comédia sertaneja “Juriti” onde conseguiu se destacar no papel de Moleque Fogueteiro, Procópio Ferreira nascia alí.
No mesmo ano, aceita o convite de Paschoal Segreto (“Papa do teatro brasileiro” – segundo o próprio Procópio) e ingressa em uma nova cia de operetas.
Já em março de 1924 funda a CIA Procópio Ferreira, que estréia em São Paulo com “Dick”, de Max Dearly. Procópio não tinha o hábito de ensaiar com a Cia, que o recebia apenas na estréia. Durante os ensaios ele era substituído por uma cadeira. Em sua Cia, Procópio foi produtor, ator principal e diretor até sua morte em 1979, aos 80 anos, de parada cardíaca por conta de uma pneumonia. Também foi um dos primeiros atores a se aventuram no mundo da direção.
Texto por: Gabrielle Risso (mas pode me chamar de Gabi)