
O tão famoso teatro de revista chegou ao Brasil no século XX com toda influência do estilo parisiense vindo dos cabarés, como o Bataclan e Moulin-Rouge.
Tudo começou no Rio de Janeiro da belle époque, quando começou o esgotamento da revista de Ano (peças com valorização do texto, inteligência nas alusões e duplos sentidos, além de personagens alegóricos). No Brasil, estávamos em busca de uma forma brasileira de traduzir nossa cultura, nossa alegria, e toda mistura que temos no país mas com a moderna influência europeia. Foi então que nos anos 1920 o Teatro de revista se “encontrou”, achando enfim sua fórmula brasileira.
O teatro se tornou então responsável pela divulgação da música da época já que o rádio só se popularizou tempos depois.
Essas músicas eram mostradas por atores que cantavam, o que atraia o público aos teatros em busca de novidades.
Nesse momento surge a Revista Carnavalesca, uma invenção totalmente brasileira,
Esse tipo de revista estreava sempre antes do carnaval, tinha sempre um final feliz, que era pra mostrar a alegria carnavalesca e o lançamento da marchinha daquele ano.
Foi durante as três primeiras décadas do século XX que a revista chegou ao apse, com sua encenação característica, quadros cômicos, números musicais, crítica politica e fantasias.
Mas é na década de 40 que o Teatro de Revista ganha luxo e um empresário (Walter Pinto) para modificá-lo.

Nascem então as famosas Vedetes, que conquistam o público cantando e dançando naturalmente e com sexualidade.
No palco as coreografias tinham que ser precisas. Cortinas de veludo, fumaça, plumas, cenários e figurinos extravagantes, luzes e efeitos eram muito importantes para a ilusão oferecida ao público.
Aos poucos pra não perder o posto, o Teatro de Revista começou a apelar para o nú, o escracho, perdendo o cômico e entrando em decadência na década de 50.
Muitos dos artistas da Revista acabaram migrando para a TV, que estava ganhando espaço. Entre eles grandes nomes como, Oscarito, Dercy Gonçalves, Grande Otelo, Leila Diniz e Marília Pêra.
Texto por: Gabrielle Risso (mas pode me chamar de Gabi)
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