A montagem do coletivo Legítima Defesa livremente inspirada na peça O Julgamento de Luculus, de Bertolt Brecht volta em cartaz no dia 31 de janeiro, sexta-feira, às 21h, no Centro Cultural São Paulo, Espaço Cênico Ademar.
Perante o Supremo Tribunal do Reino das Sombras apresenta-se Luculus Brasilis, o general civilizador, que precisa prestar contas da sua existência na terra para saber se é digno de adentrar no Reino dos Bem-Aventurados. Sob a presidência do juiz dos Mortos, cinco jurados participam do julgamento: um professor, uma peixeira, um coveiro, uma ama de leite e um não-nascido. Estão sentados em cadeiras altas, sem mãos para segurar nem bocas para comer, e os olhos há muito apagados. Incorruptíveis.
O diretor Eugênio Lima, partiu das questões centrais da obra de Brecht para a concepção da montagem. “Pensamos nas dimensões que unem classe, raça e gênero e também o legado colonial dessa construção social. A partir daí convidamos a dramaturga Dione Carlos para trabalhar junto com o grupo. Construímos a peça em três tempos não lineares: o tempo dos vivos, o tempo dos mortos e o tempo dos não nascidos. Para quebrar com essa linearidade, esses tempos se tocam. É o que chamo de uma oferenda na esquina do futuro. A gente precisa recuperar a capacidade de imaginar outros futuros e para isso é preciso desconstruir o legado colonial sobre o passado. Carregar as memórias dos nossos ancestrais e trazer para dentro da nossa vida cotidiana”, fala o diretor
FICHA TÉCNICA
Direção: Eugênio Lima. Dramaturgia: Dione Carlos. Intervenção Dramatúrgica: Legítima Defesa. Elenco: Eugênio Lima, Walter Balthazar, Luz Ribeiro, Jhonas Araújo, Palomaris Mathias, Tatiana Rodrigues Ribeiro, Fernando Lufer, Luiz Felipe Lucas, Luan Charles, Marcial Macome e Gilberto Costa. Coprodução: Associação Cultural Núcleo Corpo Rastreado e Umbabarauma Produções Artísticas. Produção Executiva: Iramaia Gongora e Gabi Gonçalves. Assistência de Direção: Iramaia Gongora. Assistência de Produção: Thaís Souza. Direção Musical: Eugênio Lima e Neo Muyanga. Música: Luan Charles, Eugênio Lima, Neo Muyanga, Roberta Estrela D’Alva, Dropê Selva, Suyá Nascimento, Atila F. Silva, Everton Martins, Danilo Rocha, Thiago Bernardes e Pedro Teixeira. Cenário: Renato Bolelli. Iluminação: Matheus Brant. Fotografia: Cristina Maranhão. Vídeointervenção: Bianca Turner. Vídeodocumentário e Filme: Ana Júlia Travia. Trilha do Filme: letra Azagaia, voz Roberta Estrela D’alva, música Eugenio Lima. Figurino: Claudia Schapira. Direção de gesto: Luaa Gabanini. Preparação Corporal e Coreografia: Luaa Gabanini e Iramaia Gongora. Spoken Word e Preparação Vocal: Roberta Estrela D’Alva. Danças Urbanas Africanas: Mister Prav. Direção de Arte Gráfica: Jader Rosa. Design: Juliana Aguiar e Renan Magalhães -Estúdio Lumine. Operador de Som: João de Souza Neto, Clevinho Souza e Vivi Santana. Cenotécnico: Wander Wagner da Silva. Costureira: Cleusa Amaro da Silva Barbosa. Gravação, Edição, Mixagem e Masterização: Rodrigo Locaut. Imagem de Vídeo: Sabotage: “Respeito É Pra Quem Tem”- Tatiana Lohmann. Fotografia Baobá: Daniel Lima. Estandarte: Renato Caetano.
Serviço:
De 31 de janeiro a 1º de março – Sextas e sábados, às 21h. Domingos, às 20h.
Importante: Dias 21, 22 e 23 de fevereiro não haverá apresentação.
Duração: 110 minutos.
Classificação etária: 18 anos.
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$10 (meia-entrada).
CENTRO CULTURAL SÃO PAULO – Espaço Ademar Guerra – Rua Vergueiro, 1000, Paraíso, São Paulo, SP.
Vendas pelo site Sympla (www.sympla.com.br) ou na bilheteria do Centro Cultural São Paulo 2 horas antes do início da peça.
Capacidade: 70 lugares.
Informações: (11) 3397 4002.