Desde muito tempo atrás, nas terras da Grécia e do Oriente, artistas se juntavam e se apresentavam em mercados e cortes, para príncipes ou camponeses. Entre eles: acrobatas, malabaristas, contadores de histórias, flautistas, e muitos outros.
O Grotesco e a arte se uniam na imitação de tipos e caricaturas, movimentos evc gestos tanto de homens como de animais.
Foi aí que se deu o inicio do Mimo primitivo.
A meta do Mimo é ser “fiel a natureza”, reproduzir os movimentos autenticamente vivos. É a arte da autotransformação, mímesis.
O Mimo tinha um olhar para o povo, os mais humildes, anônimos, cidadãos comuns e até trapaceiros, ladrôes, alcoviteiras e cortesãs.
O Mimo teve origem na Sicília. Era uma farsa burlesca rústica. Sófron deu forma literária a ela a primeira vez por volta de 450 a.C. As personagens são pessoas animais antropomórficos e pessoas comuns, como dito acima.
Essa arte do sul da Itália, viajou em direção ao norte, tudo por conta de atores itinerantes que usavam dos costumes populares e mais ou menos improvisados.
Na antiguidade, as mulheres não eram aceitas nos palcos dos teatros, mas nos Mimos deram oportunidade ao talento feminino.
Muitas das pinturas em vasos áticos, documentam a arte dessas mulheres, acrobatas, comediantes, equilibristas, malabaristas, dançarinas e instrumentistas. A arte dessas garotas, era muito popular entre os gregos.

(peça do Museu Nacional de Nápoles)
Nesta hydria pode-se ver garotas treinando seus “numeros”.
A garota arqueada e apoiada nos cotovelos, tem uma fita amaarada no tornozelo, é a chamada apotropeion, própria de artistas mimos.
Os textos dos mimos, em sua maioria, eram em prosa, mas os chamados “mimeidoi” eram cantados.
Os mimiambos do poeta Herondeas de Cós, constituem variantes poéticas especiais do mimo grego. São textos mímicos breves, compostos em iambos, esses enredos falam de garotas perdidas de amor , castigos aos estudantes malcriados, a persuasão de casamenteiras, entre outras coisas.
Na época helenística o mimo grego teve acesso ao palco dos grandes teatros públicos.
Bibliográfia:
História Mundial do Teatro – Margot Berthold
Texto por: Gabi Risso
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