A Commedia Dell’arte foi uma vertente popular do teatro renascentista. Também chamada de “Commedia All’improviso” e “Commedia a Soggetto”, ela surgiu entre os séculos XV e XVI, na Itália, país que ainda mantinha viva a cultura do teatro popular da Antiguidade Clássica, e se opôs à “Comédia Erudita”.
Embora tenha surgido na Itália, esse modelo chegou mais tarde à França com o nome “Comédia Italiana” onde permanece até o século XVIII, quando ocorreu a reforma goldoniana da comédia.
Suas apresentações eram realizadas nas ruas e praças públicas e partiam sempre de um roteiro, o canovaccio, onde os atores interpretavam seus personagens e contavam uma história usando muitos elementos de comédia e acrobacias e tinham total liberdade para improvisar e interagir com o público.
Os personagens da commedia dell’arte eram caricaturados, tipificados e estereotipados e possuíam três categorias distintas: os enamorados, os criados e os patrões. Os personagens mais importantes eram: Arlequim, Pantaleão, Capitão, Polichinelo, e a Colombina.
Uma característica muito marcante nas apresentações, além do figurino colorido de seus personagens, era o uso de máscaras, a alegria e espontaneidade nas cenas, e ainda o domínio dos personagens por cada ator e atriz emprestar sua própria vida a arte.
O declínio da commedia dell’arte chegou no século XVIII, quando as peças começaram a se tornar vulgares. Foi quando Carlos Goldoni introduziu nas peças elementos da vida real e textos escritos para cada um dos atores, impulsionando as grandes Companhias, que passaram a viajar pela Europa, levando seus espetáculos a vários países.
Texto por: Roberto Dalessio
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