A 9° edição Olhar de Cinema Festival Internacional de Curitiba em uma edição super especial pode ser acessado pelo Brasil inteiro. O evento tem como objetivo destacar e celebrar o cinema independente do mundo todo com uma temática abrangente.
Você encontra diversas temáticas interessantes com uma seleção que apresenta ao público filmes que se arriscam em novas formas de linguagem cinematográfica, que estão abertos ao experimentalismo, ainda assim, se comunicam muito bem com o público.
Como um festival de cinema não é um festival de cinema sem um bom papo, vai rolar também um seminário de cinema com foco na reflexão sobre a linguagem cinematográfica e diálogos da expressão dessa linguagem com a sociedade, o seminário é gratuito e não é necessária inscrição.
O OCFIC vai rolar de 07 a 15 de outubro com diversos filmes onlines inéditos no Brasil por apenas 5 reais por filme.
É só baixar o aplicativo do evento, disponível para Android e IOS e ficar por dentro de toda a programação. Os ingressos podem ser comprados a partir do dia 23 de setembro no site olhardecinema.com.br, mas corre que os ingressos são limitados, sujeitos a lotação da sala virtual.
E como aqui sempre focamos nas produções nacionais, eu Ellen Caroline, separei alguns filmes do festival muitos deles inéditos para vocês.

de Beto Amaral, Eliane Caffé e Carla Caffé
O filme é um documentário que acompanha um grupo LBTQIA+ em intervenções artísticas no centro de São Paulo. Com foco no diálogo coletivo suas ações são disparadoras de debates sobre desigualdades sociais, preconceitos e vidas marginalizadas.
Para Onde Voam as Feiticeiras é um filmes com direção do Beto Amaral, Eliane Caffé e Carla Caffé, você vai poder ver ele dia 07 de outubro às 19h.

O último longa dirigido por uma das maiores cineastas do Brasil é baseado em um livro de 2015 sobre faquirismo, uma arte da fome cujos praticantes mais famoso chegaram a ficar 100 dias em jejum.
O filme mescla material arquivado das décadas de 1920 a 1950 com cenas documentais e teatrais contemporâneas para explorar uma prática pouco conhecida na atualidade, mas já atraiu multidões.
O filme destaca mulheres faquires, cujas identidades como mulheres e artistas lhe causaram dupla perseguição.
FAKIR é um filme com direção da grande Helena Ignez e você pode ver ele nos dias 08 e 12 de outubro às 06h.
Infelizmente não encontrei um poster para esse filme, mas você pode dar uma olhada no trailer e se apaixonar pela experiência vividas por esses artistas:
Em um estúdio, artistas e ativistas são convidados a improvisar corporalmente seus sentimentos: seus desejos, angústias, indagações. Nessa caixa escura, o contexto macro-político se entrelaça as questões íntimas. Nesse dispositivos de confinamento, a escassez de palavras favorece a aparição dos corpos em sua máxima potência. A aposta do filme está na experiência sensorial do aqui e agora.
AGORA com direção da Dea Ferraz, vai acontecer nos dias 09 e 13 de outubro às 06h.

Esse longa passado em uma escola pública cearense, conta a história do jovem Saulo Chuvisco, que quando alvo de um insulto racista que sai impune, se recusa a deixar o espaço da escola em protesto. As consequências do seu ato indisciplinar afetam toda a comunidade. O filme opera uma crítica às dinâmicas de discrimanação racial e de classe no Brasil.
Você pode acompanhar Cabeça de Nêgo com direção do Déo Costa nos dias 10 e 14 de outubro às 06h.

Fechando o festival temos um tributo ao grande cineasta Glauber Rocha dirigido por sua filha Paloma Rocha. Em 1979 enquanto o Brasil vivia um momento conturbado com a Lei da Anistia, Glauber realiza o programa Abertura, onde interroga de frente um Brasil contraditório e em ebulição. Quarenta anos depois, sua filha e o parceiro Luís Abramo voltam a esse matérial, e o colocam em paralelo com cenas do cinema de Glauber, mas também com imagens do Brasil em 2018: um país ainda conturbado e contraditório.
Selecionado para Mostra Cannes Classics de filmes e documentários clássicos em 2020, você pode acompanhar essa volta ao passado em Antena da Raça no dia 15 de outubro às 20h.
Texto por: Ellen Caroline