PERFIL: Carl Gustav Jung

Os queridinhos da Psicologia e como utilizá-los no Teatro.

Por: Nathalia Affel

 “Na medida em que para nós a vida é algo de novo a triunfar constantemente sobre todo o passado, devemos buscar o principal valor de uma obra não em sua progressão causal, mas no efeito vivo que exerce sobre nosso espírito”.
(Jung, 1908)

Um dos principais psicanalistas do mundo, foi o fundador da Psicologia Analítica, Carl Gustav Jung. Seu trabalho é estudado, pesquisa e reproduzido até hoje, servindo de base também para o desenvolvimento de novas perspectivas e abordagens.

Os estudos junguianos são vastos em discussões sobre o inconsciente coletivo e os arquétipos, e estudos sobre a personalidade, envolvendo os conceitos de introversão e extroversão e os quatro tipos psicológicos. E foi assim que ele revolucionou o modelo de Psicologia, trazendo o coletivo e o transcendental.

Jung considerava a criatividade artística uma função psíquica natural e estruturante, cuja capacidade de cura estava em dar forma, em transformar conteúdos inconscientes em imagens simbólicas (Silveira, 2001). Sua colaboração com as Artes está principalmente relacionada com a arteterapia, entendendo a expressão artística como um meio para melhor conhecimento dos conteúdos internos.

É muito importante que busquemos a congruência em nossas criações, a não ser que seja pedido o oposto por motivos outros. As linguagens verbal e corporal precisam entrar em comum acordo para que o processo de construção do personagem faça sentido. Portanto, quando Jung traz o fenômeno da individuação, podemos fazer um paralelo com o caminho do artista.

C.G.J chamou de individuação o nosso processo de busca transformadora, que torna o inconsciente cada vez mais consciente, traz para luz a nossa sombra, aproximando o sujeito de si mesmo e do mundo como um todo. Sabemos que estamos trabalhando verticalmente quando entendemos a importância da pesquisa, da criação interna da personalidade do personagem, entendendo-o como subjetivo e composto de luz e sombra. Portanto podemos relacionar o caminho de individuação com o processo de criação de personagem trazido por Constantin Stanislavski.

 “A individuação, em geral, é o processo de formação e particularização do ser individual e, em especial, é o desenvolvimento do indivíduo psicológico como ser distinto do conjunto, da psicologia coletiva. É portanto um processo de  diferenciação que objetiva o desenvolvimento da personalidade individual. (…) Uma vez que o indivíduo não éum ser único mas pressupõe também um relacionamento coletivo para sua existência, também o processo de individuação não leva ao isolamento, mas a um relacionamento coletivo mais intenso e mais abrangente. 
(JUNG, 2009, § 853. Grifo do autor)”.

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  1. Quando compreendemos o que os arquetipicos (linhas, formas, projeções, cores) o que expressam em nossa imagem, acentuando o lado luz ou amenizando o lado sombra em nossos temperamentos predominantes (através da análise facial), proporcionamos o equilíbrio interior e exteriorizamos nossa real identidade com posicionamento de imagem assertivamente para nossos objetivos pessoais neste momento atual, desde a escolha de um novo corte e coloração nos cabelos, cores nos looks e estilo pessoal, maquiagem e acessórios, tudo isso são elementos da comunicação não verbal que alinhados e adequados ao desejo de imagem favorecem não só a autoestima e identidade visual, mas o melhor relacionamento interpessoal nos ambientes sociais, familiares, afetivos e profissional. Esse é meu trabalho como MENTORA VISAGISTA IMAGEM ID (Metodologia por Philip Hallawell) o pai do Visagismo. E essa comunicação não verbal está presente em toda arte visual, cinema, teatro, produtos, designer, arquitetura, e todos proporcionam emoções e reações, e como absorvemos ou reagimos tudo depende de nosso momento atual, vivências e ambientes que fomos moldados e construídos. Por isso a identidade assertiva é tão importante para nossa saúde emocional e mental.

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