OS DOZE ARQUÉTIPOS

Por: Nathalia Affel

“O ator deve usar sua arte e sua técnica para descobrir por métodos naturais
os elementos que precisa desenvolver para o seu papel. Deste modo a alma da
pessoa que ele interpreta será uma combinação dos elementos vivos do seu
próprio ser”.
Stanislavsky (Apud. Meiches, 1999)

A palavra Arquétipo, do grego arkhétypos, etimologicamente significa modelo primitivo, ideias inatas. Algo que pode ser entendido como uma herança das gerações anteriores (devido ao conceito do inconsciente coletivo), por isso representam tipos de identidade atemporal. Jacobi (1964) quando definiu o arquétipo, dentre muitas coisas o relacionou com os temas mitológicos, que da mesma maneira não é particular, pertence a humanidade, e é de natureza coletiva.

Já percebeu que no mundo do cinema, do teatro e da literatura, os autores utilizam os arquétipos como um esqueleto para a construção dos personagens? Um bom exercício, é observar os padrões.

Já o psiquiatra e psicólogo Carl Gustav Jung usou o conceito de arquétipo em sua teoria da psique humana, acreditando que os arquétipos dos mitos eram universais, residindo no inconsciente coletivo das pessoas. Se você está se perguntando a razão da importância desse conceito, leve em consideração que os arquétipos são uma representação de motivações humanas de acordo com a nossa evolução, e isso é capaz de evocar profundas emoções. Portanto, eles definem características particulares de cada ser humano, baseando-se em signos registrados na sociedade e impressos na coletividade. Jung definiu apenas doze tipos comuns das motivações humanas básicas e eles se desdobram em muitos outros de acordo com a personalidade e valores, além de existirem outros tipos que não foram focados pelo analista.

Para fins de referência, na obra “Na natureza da psique” (1960), Jung fala sobre esses arquétipos como padrões de comportamento que possuem significados universais e são representados pela mitologia, sonhos e, hoje em dia, por filmes e até mesmo pelo marketing e o mercado publicitário.

E QUAIS SÃO ESSES FAMOSOS DOZE ARQUÉTIPOS?

1- O Inocente
Otimistas e sempre vendo o lado positivo, mesmo nas adversidades. Adaptáveis e buscam constantemente a felicidade, a aprovação e o reconhecimento.

2- O Órfão
Pessoa comum, normalmente com muitos medos em relação a pertencimento e visibilidade. Melancólico, tem a empatia como seu grande. Como defesa, age de forma irônica e tende a se vitimizar.

3- O Herói
Forte e ambicioso. E essa vitalidade pode ser direcionada tanto para o bem, quanto para o mal. É um bom jogador e tem espírito de vencedor.

4- O Cuidador
O arquétipo do cuidador é a representação de uma figura maternal e protetora. O problema é a sobrecarga dos problemas dos outros, esquecendo-se de si.

5- O Explorador
Ousado, aventureiro e livre por natureza. Este quer conhecer tudo! Extrema curiosidade e vontade, leva uma vida autônoma e fiel a própria alma. O maior medo é o de ficar preso, portanto, faz de tudo para se sentir livre.

6- O Rebelde
Os personagens “fora da lei”. Não se preocupa com as regras e tem um forte desejo de vingança. Pode ser bastante ousado e autodestrutivo.       

7- O Amante
Gosta de se relacionar com as pessoas, é compromissado e coloca paixão em tudo o que faz. Valoriza e vê a beleza interna dos outros. Sua fraqueza é deixar a emoção falar mais alto do que a razão. Ele só é feliz ao se sentir amado e tem medo de ficar sozinho ou de ser indesejado.

8- O Criador
Como subentendido pelo nome, é muito criativo e adora inovações e não existe a possibilidade de existir algo impossível de fazer. Bastante perfeccionista, sempre expressa suas opiniões e visões e seu objetivo é criar coisas que valham algo. Um visionário!

9- O Tolo
Alegre, gosta de fazer piadas de tudo, até de si mesmo.  É engraçado e sonha com um momento grandioso. É conhecido por sua sinceridade, que algumas vezes, pode passar dos limites.

10- O Sábio
Defensor da verdade, inteligente e sempre está em busca de informações! Busca vencer os desafios através da razão. Seu maior medo é ser enganado.

11- O Mago
Tem um ar místico. Sempre em busca do crescimento pessoal. Em alguns casos, pode ficar solitário, por ser muito idealista. Mas se a canalização desse poder for bem direcionada, é capaz de grandes revoluções. Ele tem o objetivo de realizar sonhos e compreender as leis fundamentais do universo.

12- O Governante
O líder! Gosta de o controle e o poder. Seu defeito é ser autoritário e por isso fica mais difícil conseguir delegar. Ele sabe o jogo e se impõe, com responsabilidade.

Deixo aqui essa matéria bastante interessante, dando um exemplo de cada arquétipo usando filmes que conhecemos:https://www.contioutra.com/12-filmes-para-entendermos-aspectos-dominantes-da-nossa-personalidade/
Vale a leitura!

Exatamente como o corpo humano representa um verdadeiro museu de órgãos, cada qual com sua longa evolução histórica, da mesma forma deveríamos esperar encontrar também, na mente, uma organização análoga”,
Carl Gustav Jung

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