Teatro Grego

Nascimento do Teatro – Teatro Grego

Hoje vamos falar um pouco sobre história do teatro, começando realmente pelo começo: na Grécia. Nosso objetivo é fazer um apanhado geral baseado na bibliografia de nossos escritores favoritos e estimular a leitura de suas obras (bibliografia no final do post, entao sem preguiça!). Lembrando que: nada que escrevemos aqui é uma cópia fiel de nenhuma das obras, beleza? Sem mais delongas, vamos começar!

(Teatro de Dionísio, em Atenas)

Historicamente, considera-se que o teatro nasceu junto com os ritos religiosos. Os trabalhadores rurais gregos cultuavam seus deuses através do Ditirambo (cantos e danças) em festas Dionisíacas/ Bacanais (derivadas dos deus Baco). Nessas festas, regadas à vinho e celebrações da fertilidade, os homens acreditavam que o estado de embriaguez era o momento em que seus corpos estavam dominados pelo deus Dionísio, que os dava força, destreza e coragem. 

Os patrícios, gregos que estavam no poder (e em menor número), temendo que os homens muito embriagados e acreditando terem forças divinas ,tentassem tomar o domínio de suas mãos, criaram um local próximo à Acrópole (centro das cidades), onde as pessoas iam assistir espetáculos que cultuavam os deuses.

Esses espetáculos eram encenados sem a necessidade da embriaguez.
Foi ali onde o palco começou a ensinar, o teatro grego se tornou, além de entretenimento, um instrumento de educação, crítica social e reflexão sobre a natureza humana. As peças questionavam valores, crenças e o destino do homem, instigando debates e transformações na sociedade. Os grego aproveitam o teatro para esinar as leis e levar os espectadores à catarse.

Os atores, mestres da oratória e da gestualidade, davam vida a personagens míticos e heróis épicos. A plateia, atenta e envolvida, se conectava com as histórias, rindo, chorando e refletindo sobre a vida.Os cenários, muitas vezes simples e simbólicos, transportavam o público para diferentes cenários: palácios, campos de batalha ou o submundo grego. Os adereços, como espadas, coroas e mantos, completavam a imersão na história.

Nas tragédias, os heróis ultrapassavam a medida dos deuses (métron). Eles desrespeitavam uma lei importante para atingir alguma forma de poder, e sofriam horrendas consequências, o que chocava os espectadores e os “purificava” da vontade de fazer o mesmo (catarse), ocorrendo assim, um controle político sobre a sociedade grega.

Já as comédias, do grego Komos (rural) + Ode (canto), nasceram do povo rural e eram feitas para o povo. Sua origem está ligada diretamente ao Ditirambo, e eram consideradas festividades para o filho de Dionísio, Phalos. Elas nascem para tratar das diferenças, falar sobre sexo, sexualidade e do cotidiano do povo. Diferentemente das tragédias, que retratavam heróis, reis, homens considerados superiores, as comédias imitavam uma suposição piorada de homens considerados inferiores. 

Símbolo marcante do teatro da Grécia são as famosas Máscaras!
Que representam diferentes emoções e personagens. Na comédia, o riso contagiante brotava, enquanto na tragédia, a catarse purificava as almas com a força das emoções. Assim surge o grande símbolo do teatro, conhecido por todos até hoje.

O teatro nasce então, com um grande papel político para a sociedade grega, e foi berço de grandes escritores como Sófocles, Ésquilo e Aristófanes. Infelizmente, muitas peças e críticas foram perdidas na destruição da biblioteca de Alexandria em aproximadamente 48 a.C, mas com o pouco do que conhecemos hoje é possível entender e se apaixonar pela organização dos teatros gregos.

Bibliografia: Aristóteles – A Poética
Junito de Souza Brandão – Mitologia Grega (3 volumes)
História Mundial do Teatro – Margot Berthold

AUTOR: JOHN MARQUES


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