Sófocles, o poeta da ironia trágica, dramaturgo de talento. No seu gênero trágico-irônico não há competidor, sua obra carrega uma impressionante perfeição da forma de escrita. Preocupavasse muito mais com as qualidades morais de seus personagens, do que com o destino deles. Sófocles não se importa tanto com o resultado mas sim com a pessoa humana, com seus anseios e reações, com sua moral, ele deu alma a seus personagens, foi isso que faz dele um dramaturgo tão excepcional.
Para o homem de Sófocles, o sofrimento é a dura mas enobrecedora escola do “conhece-te a ti mesmo”. Ele cria personalidades que se atravem a desafiar, que são enganados por oráculos e sofrem em suas buscas.
Ele dá aos deuses a vitória por sobre o destino terrestre.
Nascido em Colono, aproximadamente no ano 496 da era pré-cristã, era filho de família abastada e por isso teve boa educação, principalmente nos ramos fundamentais da cultura grega – a música e a ginástica.
Aos 16 anos , foi escolhido, por conta de seus dotes físicos, para dirigir o coro dos adolescentes que dançaram nus em honra a Apolo após a vitória de Salamina. Aos 25 anos Sófocles escreveu sua primeira tragédia. E aos 29 enfrentou Ésquilo pela primeira vez em um concurso anual de tragédias, a Dionisíaca.
Os dois inscreveram suas tetralogias que foram aceitas e apresentadas com sucesso, mas como há apenas um vencedor, foi Sófocles (30 anos mais jovem que seu rival) quem levou a vitória, afastando assim Ésquilo, da preferencia geral.
Sófocles ganhou 18 premios dramaticos. Dos 123 dramas que escreveu, conhecemos 111 títulos, mas apenas 7 tragédias e restos de uma sátira chegaram até nós.
Mas sua obra prima, Antígona, só foi escrita aos 96 anos de idade.
De sua obra, destacam-se: Édipo Rei, Édipo em Colona e Antígona (sequência das histórias de Édipo, mas escrita antes destas).
Dizem que Sófocles morreu saturado pela alegria que lhe deu seu último triunfo literário, mas também dizem que morreu de cansaço, por recitar sem parar trechos de Antígona.
Porém hoje, em nossos corações ele se mantém vivo através de suas obras perfeitas.
Texto por: Gabrielle Risso (ou só Gabi)
Bibliografia:
Vários autores – Teatro Grego
Margot Berthold – História do teatro Mundial
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